"A
religião se constitui de dois aspectos: o divino e o humano. A
forma como o homem entende a religião, a cultura que absorveu e que o levou a
sua forma de viver, a presença de valores os quais ele preserva para manter
esta forma de religiosidade, pode ser sim a sua religião. Assim há uma diversidade de religiões porque
há uma grande diversidade de entendimento entre os homens.
O
aspecto divino é a grande Lei da Vida,
é a harmonia Universal e são as leis que regem a natureza desde o nascimento
até a morte de cada célula e, desde a constituição de cada átomo, sobre tudo o
que podemos imaginar.
De tempos em tempos nasce alguém com a missão de melhorar o entendimento humano
sobre essa grande Lei da Vida.
Interessante que a maioria deles não está dentro das religiões, mas tornam-se
exemplos de liderança espiritual.
Todos
nós conhecemos sobre a criação divina: somos a imagem e semelhança de Deus. Mas nem todos os homens são iguais.
Para que possamos explicar estas diferenças vamos ilustrar:
Imagine
que quando Deus Criou o homem, sua imagem refletia nitidamente a integridade e
o caráter divino. Estes espelhos, como os átomos se multiplicaram e muitos
deles foram ficando sujos. Uns mais sujos que os outros. Os que se aproximavam
da integridade divina mantinham os seus reflexos iluminados, mas os que se
afastavam, ficaram embaçados.
Este
embaçamento foi acrescido, pois se formaram várias camadas sobre a nitidez do
reflexo: egoísmo, orgulho e presunção.
Nestes
espelhos a luz não pode ser refletida, a não ser que sejam polidos. Uma vez
polidos são humildes e altruístas e brilham em sua totalidade onde quer que
cheguem.
A
redução da luz sobre a superfície vem porque os ensinamentos são deturpados e
se criam “novos” ensinamento em nome de denominações. Criam espetáculos simples
ou cruéis para defender suas “crenças religiosas”.
Mas
vamos deixar o aspecto humano da religião de lado.
Por
principio as religiões são boas se fizerem seus adeptos melhorarem a sua
condição de princípios morais e se tornarem íntegros. Mas as religiões brigam
porque acreditam que Jesus é Deus encarnado, a outra discorda completamente
disso. Uma acredita que Maria era virgem do corpo, a outra diz que esse é um
sentido espiritual. Uns dizem que Jesus tinha um corpo que não era de carne.
Algumas religiões ainda brigam porque afirmam que seus adeptos devem vestir-se
de uma forma, a outra porque não admite certos alimentos. E assim em discórdia
vão encontrando tarefas que ocupam suas mentes e vivem disputas infrutíferas.
“Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a ti mesmo”,
Jesus sintetizou a religião desta forma magnífica. Este amor por Deus tem que
ser relacional – de relacionamento de laços e confiança sem medo. O medo impede
a fé. E sem fé não se é possível amar. O medo tira a pureza do sentir e do
agir. Repare que quando ficamos com medo ficamos em alerta e demonstramos
receio de fazer alguma coisa e, um sentimento de ameaça nos envolve.
A
fé liberta do medo porque é fundamentada na razão, no equilíbrio entre a lógica
do que se entende e fornece o firme fundamento das coisas que não se vê. E para sentir sem ver, temos que nos
relacionar com a ordem do Universo criado por um Grande Arquiteto. Este
pensamento é do prêmio Nobel de Física em 1918, pela descoberta do “quantum” de
energia Max Planck (1858-1947) - “O impulso de nosso conhecimento exige
que se relacione a ordem do universo com Deus”.
Há
uma necessidade mútua entre a fé e a ciência. A ciência livra a fé da
ingenuidade que a deixa fanática e doente. A fé auxilia a ciência a não se
voltar para o puro materialismo. A
ciência necessita da fé e assim não colocará suas descobertas a serviço da
destruição da humanidade.
A
ciência acredita porque entende e a fé acredita por que confia. Há ai uma
complementação."
“A obra mais eficaz, segundo a Mecânica Quântica, é a obra de
Deus”.
Erwin
Schorödinger (1887-1961), prêmio Nobel de Física em 1933, pelo
descobrimento de novas fórmulas da energia atômica
“O reflexo sempre
terá as suas imperfeições”
Professora Ana Maria Furtado
Uma reflexão interessante sobre fé e ciência.
ResponderExcluirSempre acreditei que as duas não se anulam, mas se complementam para permitir a conexão entre a criatura e o Criador.
Deus sabia que o ser humano criaria a ciência quando determinou que o homem indicasse o nome dos seres criados, ainda no jardim do Éden. Isso é Taxonomia, uma parte da biologia.
O fato ruim da queda é o afastamento do ser humano do seu criador através do pecado, ou o mal que faz com que o ser humano se distancie de Deus e busque respostas por seus próprios meios, através da ciência excessivamente antropocêntrica.
Boa reflexão sim. Gosto quando o artigo diz que "há uma necessidade mútua entre a fé e ciência". Por isso acho que podemos e devemos utilizar mais da ciência como uma ferramenta a mais para melhorar algumas de nossas formas de atuar na evangelização, bem como no discurso em direção aqueles que labutam com a ciência. A chamada "partícula de Deus", recentemente confirmada a sua existência em laboratório localizado nos limites entre França e a Suíça, seria hoje uma atualização do "quantum".
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