João Ferreira Annes d'Almeida, ou simplesmente João
Ferreira de Almeida, foi um ministro pregador da Igreja Reformada nas Ídias Orientais Holandesas,
reconhecido especialmente por ter sido o primeiro a traduzir a Bíblia Sagrada para
a língua portuguesa. A sua tradução do Novo Testamento foi publicada pela primeira vez em 1681, em Amsterdam.
Almeida faleceu antes de concluir a tradução dos livros do Antigo Testamento, chegando aos versículos finais do Livro de Ezequiel. A tradução dos demais livros do Antigo Testamento foi
concluída em 1694, por Jacobus op den Akker, também ministro da
Igreja Reformada.
Os volumes da tradução do Antigo Testamento em português
foram publicados somente a partir do século XVIII, em Tranquebar e Batávia, no
Oriente. A primeira edição em um único volume de uma tradução completa da Bíblia
em português foi impressa somente em 1819, em Londres.
No tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa
era muito útil para as igrejas daquela região – além de o português ser um
idioma comumente usado nas congregações presbiterianas, era o mais falado em
muitas partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o
português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia
fosse bastante erudito e, portanto, difícil de entender para a maioria da
população. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele na
Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões para a língua portuguesa,
segundo ele: “a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação”.
Almeida enfrentou dificuldades para ter o Novo Testamento
impresso em língua portuguesa, pois dependia da disposição de revisores e da
recomendação do presbitério da época, para que conseguisse as permissões necessárias
para a impressão da obra, algo que não é muito diferente do que acontece hoje
em dia.
A produção de uma Bíblia não é um trabalho fácil, requer
muito tempo, dedicação e investimento financeiro, principalmente em um país
como o Brasil, onde a produção literária costuma ser de difícil acesso, cara e
burocrática. Ademais, a quantidade de livros e a complexidade dos textos que a
Bíblia possui, faz com que o autor empregue não apenas alguns dias ou alguns
meses de trabalho. Para se ter uma obra bem estruturada, substancialmente
correta e eficaz em seus propósitos, mesmo com toda tecnologia atual, é necessário anos de intensos trabalhos. Isso em se tratando de um trabalho
em equipe (tradutores, revisores, editores, pesquisadores, etc).
Hoje em dia, as principais traduções da Bíblia para o
português são basicamente 6:
- Almeida Revisada e Corrigida (A-RC), a primeira principal sucessora da Almeida Original;
- Almeida Revisada e Atualizada (A-RA), a segunda principal sucessora da Almeida Original, e sucessora também da A-RC;
- Nova Tradução para a Linguagem de Hoje (NTLH), nova tradução, em linguagem contemporânea, sucessora da Tradução para a Linguagem de Hoje (TLH);
- Tradução Brasileira (TB), uma tradução antiga, do início do Século 20, que ainda se sustenta mediante o apoio da SBB;
- Nova Versão Internacional (NVI);
- Bíblia Viva / A Nova Bíblia Viva.
Em todas estas traduções é possível perceber as
tendências que influenciaram seus tradutores ao interpretarem os Textos
Sagrados, já que o trabalho de traduzir significa interpretar de um idioma para
outro. Ainda que a equivalência atribuída à tradução seja a formal, para alguns
textos é impossível encontrar palavras 100% equivalentes. Então, o prisma do
tradutor é determinante para a moldura que será dada ao texto.
Fontes
de pesquisa:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida
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