Texto por Marvel Souza
"Entendendo que a palavra de Deus é simplesmente
inclusiva, manifesto aqui meu apoio a toda e qualquer denominação cristã que
faz dessa crença o elemento norteador de sua vida e prática. É imprescindível destacar a coragem de homens e
mulheres que, movidos pelo dinamismo e ousadia do
Espírito Santo, têm inserido o assunto “Inclusão Eclesial Plena de Pessoas LGBTI+” em
suas pautas de discussões (em assembleias, concílios ou reuniões de obreiros), esclarecendo
interpretações equivocadas quanto à salvação por meio da graça, mediante a fé,
que é um dom de Deus, oferecido a todas as pessoas, independentemente de etnia, idade, status socioeconômico, gênero, identidade de gênero ou orientação
sexual.
Um estudo realizado entre
mais de mil congregações cristãs norte americanas revelou que quase metade das
igrejas nos Estados Unidos já permitem abertamente como membros gays e lésbicas
que estão em relacionamentos de longo prazo. O estudo mostra também que cerca
de uma em cada três permitem também a gays e lésbicas o exercício de cargos de
liderança voluntária (As estatísticas são do “Estudo Nacional de Congregações
de 2012”, realizado pela Duke University, e mostram um aumento na aceitação de
gays e lésbicas em congregações religiosas).
“Queremos que a vida de fiéis LGBTI+ seja tão normal
quanto dos outros”, essa declaração veio do pastor de uma Igreja Batista
Wishire de Dallas, nos Estados Unidos, após uma votação onde 61% das pessoas
decidiram que a partir de agora, fiéis gays e lésbicas, assim como héteros, tem
total direito ao casamento e posições de liderança dentro da congregação.
Aqui no Brasil os avanços são lentos, mas constantes
– algumas igrejas históricas estão se abrindo para um novo entendimento quanto ao
exercício pleno da fé por pessoas LGBTI+.
Finalizo este meu manifesto em favor de todos os que
entendem que somos justificados gratuitamente por meio da fé em Jesus (Romanos
3:24-26), com as palavras de Martinho Lutero:
“Pensas que a obra de Cristo sobre a terra possa ser
realizada em paz? A Palavra do Evangelho, cheia de majestade e poder, não pode
avançar sem perigo nem guerra. O Senhor não veio trazer paz, mas espada.
Enquanto o inimigo não cessar de levantar a voz, não retirarei minhas mãos do
combate. Não combateu Cristo com o próprio sangue? E os mártires depois dele
não seguiram o seu exemplo?”
A fé é um direito originário concedido pelo próprio Deus aos seus filhos e filhas quando estes foram criados/as. Não podemos alienar este direito à administração de ninguém, muito menos aos que não nos ACEITAM e não nos CELEBRAM como filhos e filhas de Deus, sendo quem somos. Este é o tempo de soprarmos a poeira da teologia gasta pelo tempo e deixarmos a graça divina fazer o que só ela sabe fazer com perfeição: SER SIMPLESMENTE INCLUSIVA".
Amen asi es!!!
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