Hoje celebramos a terça-feira santa, momento no qual relembramos o anúncio de que a ida de Jesus a Jerusalém tinha como objetivo maior a sua entrega por nós (João 12:20-36).
Jesus deixa claro ao anunciar sua morte que isso era necessário acontecer, pois este era o propósito da sua vinda, e essa era a vontade do próprio Deus. Sobretudo, sua morte atrairia pessoas para o plano da salvação.
Morrer como uma semente de trigo, que só produz fruto após ser enterrada, significa dizer que Ele estava disposto a tomar sobre si as últimas consequências de ter amado seus inimigos, andado com os excluídos e marginalizados, ensinado as multidões a lei do amor, desmantelado o sistema religioso farisaico, confrontado os maiorais da época com seu clamor por justiça e manifestado o extravaso da graça. Assim como a semente de trigo, Ele estava disposto a morrer para frutificar!
Sua entrega seria sem reservas, por isso ensinou que todo o que deseja seguí-lo deve seguí-lo a despeito da consequência disso, que pode ser a própria morte. Mas Ele deixa claro que o prêmio de tal entrega é a vida eterna e a glória de Deus.
Deus havia determinado que assim o fosse (Isaías 53), e ninguém poderia impedir isso. A morte de Jesus geraria vida para a humanidade.
É normal que, assim como Jesus, nos sintamos perturbados sobre a possibilidade de enfrentar a morte, mas não podemos deixar que isso abale nossa missão de filhos e filhas de Deus. Jesus bem sabia da importância do seu ministério e que o cumprimento deste garantiria o triunfo do bem sobre o mal.
Somos convidados a compactuar desta mesma determinação de Jesus, lutando contra todo e qualquer sistema opressor, escravizador, injusto, perseguidor, excludente e hipócrita, que representa as trevas. Precisamos estar na luz e deixar que esta luz brilhe dissipando toda treva.
Texto: Reverendo Marvel Souza (Instagram: @marvelsouzaoficial)
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